Por 11 votos a nove, o Conselho de Ética da Câmara Federal aprovou nesta terça-feira (14), a cassação do deputado, afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O processo, que tramita na Casa desde outubro de 2015, é o mais longo da história da Comissão.
Agora, o pedido de cassação será votado em plenário e, para ser aprovado, precisa de 257 votos dos 513 deputados. No entanto, antes de ir a votação, a defesa de Eduardo Cunha por recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
De acordo com o relator, está provado que Cunha possui bens no exterior e que não foram declarados. O deputado afastado usou “laranjas” para esconder o ato ilícito, bem como mentiu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras sobre o patrimônio que mantém fora do Brasil e a sua origem.
O deputado Helder Salomão acompanhou a votação e comemorou o resultado. “É a justiça sendo feita. Eduardo Cunha não tem moral para ocupar o cargo que ocupa na Câmara dos Deputados nem para representar o povo brasileiro. Agora vamos à votação no plenário”, declarou o parlamentar.
Além do Conselho de Ética, Eduardo Cunha também é réu no Supremo Tribunal Federal sob a acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Cunha está afastado do mandato desde 5 de maio, por decisão do STF, que entendeu que o parlamentar utilizava o cargo de deputado para interferir nos processos contra ele, tanto na Comissão de Ética quanto na Justiça.