O Supremo Tribunal Federal (STF) foi palco na tarde desta quarta-feira (07), de um momento único na história do Brasil: a união de parlamentares da oposição de esquerda e de partidos de centro e de direita, contra a decisão da juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, que autorizou a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de Curitiba para São Paulo, para o presídio de Tremembé.
Ao término da audiência com deputados e senadores de 12 partidos, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, pautou o assunto e o plenário da Suprema Corte, anulou a decisão da juíza por 10 votos a 1, mantendo Lula em Curitiba.
Esta quarta-feira foi o dia em que Lula conseguiu unir opositores contra a injustiça da qual é vítima. O ex-presidente continuará como preso político, injustamente, na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde está detido arbitrariamente há cerca de 500 dias, e aguarda julgamento do STF e do Superior Tribunal de Justiça dos recursos pedindo sua liberdade.
Para o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), um movimento forte como o que acobteveu no STF “extrapola questões partidárias, demonstra um sentimento muito forte de defesa da democracia, do Estado Democrático de Direito”.
O deputado federal Helder Salomão (PT-ES) esteve no Supremo e declarou sua indignação com a ação da juíza. “A medida viola a Constituição, desrespeita os direitos do ex-presidente Lula e acabou mostrando o quão absurda é ao unir a oposição em defesa de Lula”, afirmou o parlamentar capixaba.
O líder Paulo Pimenta aos parlamentares que se uniram em defesa da democracia, do Estado de Direito e das prerrogativas de Lula como ex-presidente da República. Ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Pimenta fez um agradecimento especial pelo apoio junto ao STF.
Estiveram juntos no STF o PT, PCdoB, PSOL, PDT, PSB, PR, PRB, DEM, PSD, MDB, SD.
Foto: PT na Câmara