A reforma da Previdência (PEC 286/16), que tem votação marcada para o próximo dia 19 de fevereiro, “é uma grande ameaça para o povo brasileiro”, afirma o deputado federal Helder Salomão (PT-ES).
De acordo com os parlamentares de oposição, a matéria em questão não vai promover o equilíbrio econômico que o País precisa, tampouco acabar com privilégios garantidos a alguns. O texto apresentado retira, claramente, garantias de direitos de aposentados e pensionistas.
Sob a alegação que a reforma precisa acontecer para garantir o equilíbrio das contas públicas, a base aliada ao governo, principal interessado na aprovação da reforma, está se articulando para conseguir os votos que precisam, mas ainda tem encontrado dificuldades.
O deputado Helder Salomão aponta a falácia denunciando atitudes do governo que se chocam com o argumento de ajuste fiscal. “Se o governo quisesse mesmo salvar a nossa economia ele não estaria anistiando dívidas bilionárias de grandes empresários com a Previdência, muito menos usando recursos públicos para comprar votos dos parlamentares e convencê-los a votar como quer o presidente”.
Lendo a matéria que está a caminho do plenário, é possível perceber que as mudanças propostas na legislação previdenciária são de interesse unilateral. Isso porque o presidente Michel Temer, junto com seus aliados, tem como meta promover mudanças que beneficiem os grandes grupos empresariais em atuação no Brasil, como exemplo os bancos que ofertam Previdência Privada.
“Temer assumiu a presidência com objetivos claros traçados previamente, dentre eles a reforma Trabalhista aprovada e já dando resultados negativos para o povo brasileiro, e a reforma da Previdência que, as custas de muita resistência, estamos conseguindo impedir que seja votada”, defendeu o deputado Helder.
Mesmo com toda dificuldade encontrada, e com a desaprovação do povo/eleitor, o governo segue firme nas suas estratégias para alcançar sua meta. Já mirou nos governadores com ameaças de não receberem recursos federais caso não colaborem no convencimento dos parlamentares de seus Estados a votarem a favor da reforma da Previdência, e agora, há poucos dias da votação marcada para 19 de fevereiro, ainda pelejam na busca pelo total de votos necessários para aprovação.
O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, declarou à imprensa que não será fácil aprovar as mudanças previdenciárias, mas acredita que a piora nas contas públicas dos Estados pode ajudar na obtenção de votos.
“Mesmo com as estratégias baixas usadas pelo governo, seguimos firme em defesa dos direitos da população, principalmente daqueles que se encontram em maior vulnerabilidade como é o caso da categoria dos professores e dos trabalhadores rurais, grandes prejudicados com reforma apresentada por Temer e apoiada por grupos que se beneficiarão com ela”, esclareceu o deputado Helder.