A decisão de afastar Eduardo Cunha do mandato de deputado federal foi unanime no Supremo Tribunal Federal (STF). Na noite da última quinta-feira (05), os 11 ministros referendaram a liminar do ministro Teori Zavaski, proferida no mesmo dia, sob a alegação de que o parlamentar não tem condições de se manter no cargo devido aos vários indícios de envolvimento em corrupção e por atrapalhar as investigações contra si. A liminar partiu do requerimento do procurador geral da república, Rodrigo Janot, que em dezembro de 2015 protocolou pedido de afastamento de Cunha da Câmara Federal argumentando que o deputado fazia uso do cargo para “constranger, intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo de embaraçar e retardar as investigações”. Desde que as denúncias de corrupção contra o presidente da Câmara foram feitas, um grupo de deputados, do qual faz parte Helder Salomão, se articulou e protocolou no STF, alguns pedidos de afastamento de Eduardo Cunha do cargo na Casa. O deputado federal Helder Salomão, comemora o resultado, mas reconhece que esse movimento chegou tarde. “O Cunha rasga a Constituição quando, descaradamente, articula manobras para conseguir o que quer e para impedir que seus mal feitos sejam julgados. É de conhecimento de todos que ele está envolvido em corrupção e em outros atos ilícitos. Ainda que tarde, o afastamento dele é um passo importante na direção da justiça”, declarou o deputado. Na manhã da última quinta-feira (05), o Brasil amanheceu com a notícia de que o ministro STF, Teori Zavaski, havia proferido liminar determinando o afastamento de Eduardo Cunha do mandato de deputado federal e, por consequência, da presidência da Câmara Federal. Tal notícia foi bem recebida pela população brasileira, “no entanto, precisamos ficar atentos, pois ele já articula um movimento para que um deputado aliado seu seja o próximo presidente da Câmara. Estamos articulando um grupo de parlamentares de vários partidos para não permitir mais essa manobra”, afirmou Helder. Texto: Flávia Pinheiro |