Conforme eu disse no último sábado em meu breve discurso na Câmara Federal, este momento entrará para história do nosso país e para a história da humanidade. Testemunhamos um grupo político – envolvido em corrupção – votar pela admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rouseff, legitimamente eleita pelo povo, e que não responde a um processo sequer. Em momento algum me posicionei em defesa apenas de um partido ou de um governo. Minha defesa foi definida com base na justiça e no juramento que fiz quando assumi meu mandato no Congresso Nacional. Jurei respeitar a Constituição Federal e defender a democracia.
Confesso que após anos na política – já fui vereador, deputado estadual, prefeito por dois mandatos e agora deputado federal – nunca imaginei testemunhar uma presidente, reconhecidamente honesta, sofrer um golpe de uma maioria parlamentar, composta por vários deputados que são denunciados ou já respondem a processos por corrupção. Isso, com o agravante de ter o deputado Eduardo Cunha, réu no Supremo Tribunal Federal, presidindo este processo.
Os atores que coordenam esta tentativa de golpe têm interesses que são frontalmente contrários ao povo brasileiro, mas que ainda não foram percebidos pela maioria da população. Estão em risco o Estado Democrático de Direito, as conquistas sociais alcançadas a duras penas na última década e os sagrados direitos dos trabalhadores brasileiros. Os que financiam este movimento já estão cobrando a fatura. Isso indica que podemos ter graves retrocessos se não mantivermos as mobilizações nas redes, nas ruas e no parlamento.
O Brasil não precisa de disputas de poder. Precisamos de união para direcionar nossa meta em uma única direção: a retomada do crescimento do país. Precisamos superar a crise, punir os corruptos – independente de quem seja – e devolver a tranquilidade para os brasileiros.
Com a consciência tranquila digo – de cabeça erguida – que agi conforme a minha consciência. Votei em defesa daqueles que nos últimos anos passaram a ter direitos e oportunidades. Daqueles que saíram da invisibilidade e passaram a ocupar os bancos dos institutos federais e das universidades. Dos que realizaram o sonho da casa própria, dos que se tornaram protagonistas de suas próprias vidas. Votei pelos meus filhos que para mim representam o futuro. E para eles e para todas as crianças do país, desejo que façam um Brasil melhor, onde a democracia e a liberdade sejam valores sagrados.
Por fim, reforço o meu compromisso com o povo brasileiro e capixaba. Sigo firme em meu proposito de contribuir para melhorarmos sempre mais a vida da população que mais precisa e sem nunca abandonar o meu compromisso fundamental com a democracia.